Hackeamento do perfil de Janja no X ocorre após Musk demitir toda a equipe de moderação

Atualizado em 12 de dezembro de 2023 às 11:32
Logo do X (antigo Twitter) e primeira-dama Janja Lula da Silva. Foto: Reprodução

O hackeamento do perfil da primeira-dama Janja Lula da Silva no X, antigo Twitter, aconteceu depois de uma onda de demissões na sede brasileira da plataforma em São Paulo (SP) no mês passado. As demissões iniciaram-se após a compra da plataforma por US$ 44 bilhões pelo bilionário Elon Musk, em 27 de outubro.

Relatado pelo Washington Post, o desligamento atingiu quase todos os funcionários, preservando apenas alguns do setor comercial entre os 150 trabalhadores do escritório. Oito dos dispensados atuavam na moderação de conteúdo.

A invasão da conta de Janja foi realizada por um hacker identificado como Eduardo, conforme detalhou a Polícia Federal (PF) às 21h37 da última segunda-feira (11). Em menos de uma hora, o invasor postou 44 vezes, alcançando uma audiência de 1,2 milhão de seguidores.

Num áudio publicado às 22h07, o hacker desconsiderou as investigações da PF e criticou o sistema judiciário do país: “Eu quero avisar que estou ciente que a PF está investigando isso daqui. Eu não estou nem aí, eu sei que vai dar alguma coisa, talvez dê, talvez não dê, depende do sistema judiciário desse país, que é quebrado, por sinal”, declarou.

 

Com a compra, Musk planejava reduzir 75% do quadro de funcionários do Twitter, transformando a empresa em uma “equipe mínima” (skeleton crew, em inglês), passando de 7.500 para 2.000 empregados. Os cortes visavam tanto reduzir custos quanto impor uma nova ética de trabalho.

Uma das primeiras ações de Musk, dono da Tesla e da SpaceX, foi demitir executivos, incluindo o então presidente-executivo Parag Agrawal, o diretor financeiro Ned Segal e a chefe de assuntos jurídicos e políticos Vijaya Gadde. O trio foi acusado por Musk de ocultar informações sobre contas falsas na plataforma.

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