O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, telefonou para o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para avisá-lo das “consequências desastrosas” que o novo Plano Diretor Estratégico (PDE) da gestão de Ricardo Nunes pode causar em São Paulo.
Haddad procurou também o secretário de Governo de SP, Gilberto Kassab (PSD), e se reuniu com a bancada de vereadores do PT de SP. Tarcísio e Kassab teriam dito que vão se inteirar do assunto.
O texto substituto do projeto, que foi apresentado no dia 23 de maio, altera radicalmente as regras para a construção de edifícios e a ocupação da cidade, afetando diretamente os moradores. A proposta já foi aprovada em primeiro turno na Câmara e será discutida em apenas mais oito audiências públicas.
O projeto é alvo de críticas por urbanistas e arquitetos, pois permitiria uma verticalização descontrolada da cidade, com a construção de arranha-céus nos miolos de bairros.
Haddad diz que o projeto modifica o conceito de mobilidade da cidade e altera o Plano Diretor aprovado em sua gestão que recebeu prêmios internacionais como o ArchDaily e o ONU-Habitat.
O Ministério Público de SP entrou com ação na Justiça para que a revisão seja debatida de forma mais contundente.
Vereadores contrários ao texto afirmam que a mudança beneficia as construtoras em detrimento de regras que impediriam a deterioração completa da capital paulista.
O texto aprovado pela maioria dos vereadores prevê que as construtoras podem erguer prédios com até nove vezes o tamanho do terreno, se destinados a Habitação de Interesse Social (HIS). Atualmente, o limite imposto é de quatro vezes o tamanho da área.