Os candidatos Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) decidirão no segundo turno quem será o governador de São Paulo pelos próximos quatro anos, segundo os dados de apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgados na noite deste domingo (2).
Com 95% das urnas apuradas, Haddad teve 35,6% dos votos válidos, e Tarcísio, 42,43%. O terceiro colocado, Rodrigo Garcia (PSDB), somou 18,4%.
A eleição estadual foi reflexo da disputa presidencial, que influenciou significativamente os debates e entrevistas entre os postulantes ao Palácio dos Bandeirantes. Enquanto uns se adotaram um discurso contrário a Lula e PT, outros se posicionaram contra Jair Bolsonaro (PL).
Os candidatos
Fernando Haddad, 59 anos, é bacharel em direito, mestre em Economia e doutor em Filosofia pela USP. Foi professor de Teoria Política Contemporânea no Departamento de Ciência Política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Sociais da USP, analista de investimento do Unibanco e consultor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
O petista assumiu a chefia de gabinete da secretaria municipal de Finanças de São Paulo na gestão da prefeita Marta Suplicy em 2001. Dois anos depois, se tornou assessor especial do ministro do Planejamento, Guido Mantega. Depois, foi secretário Executivo do Ministério da Educação e se tornou ministro da pasta durante a gestão do ex-presidente Lula (PT)>
Em 2012, deixou o cargo para disputar as eleições municipais de São Paulo, das quais saiu vitorioso. Foi prefeito da capital paulista de 2012 a 2016, e candidato do PT à reeleição, mas perdeu para o tucano João Doria. Em 2018, Haddad foi o candidato à Presidência pelo PT. Ele obteve 44,87% dos votos no segundo turno e perdeu para Jair Bolsonaro (atual PL).
Já Tarcísio de Freitas, 47 anos, nasceu no Rio de Janeiro e se formou em ciências militares pela Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), onde passou a atuar como oficial do Exército. Em 2002, concluiu a graduação em engenharia civil e tornou-se engenheiro do Exército. Deixou a carreira militar em 2008, com a patente de capitão, e entrou para o funcionalismo público federal.
O candidato atuou como diretor-executivo e diretor-geral do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), além de ter sido secretário da Coordenação da Secretaria Especial do Programa de Parceria de Investimentos durante os governos de Dilma Rousseff e Michel Temer.
Em dezembro de 2018, foi nomeado ministro da Infraestrutura pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), onde ficou até este ano. Em março de 2022, se filiou ao Republicanos.