Chance de Haddad não ser candidato ao governo de SP é zero, diz Luiz Marinho

Atualizado em 13 de janeiro de 2022 às 7:18
Haddad Leo Pinheiro
Haddad, o Dr. Sócrates da resistência contra o fascismo

Uma coisa é preciso reconhecer: o PT é o único partido do país que dá a cara a tapa. Lula já falou da reforma trabalhista iniciada por Temer e que Bolsonaro teve a honra de encerrar com a pá de cal.

A Petrobras é assunto diário na agenda do partido. As negociações por aliança borbulham país afora, o diálogo franco com a sociedede, e agora o prego na ferradura defendido por Luiz Marinho em SP: o presidente do partido no Estado diz que a “chance de Fernando Haddad não ser candidato a governador é 0,00”, como informa a Folha.

Quanto mais o PT pactua mais o partido conquista a confiança da sociedade. Esse é o sentido da política: combinar com a opinião pública o que você pretende e vai fazer.

Fica mais simples inclusive para os adversários.

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Veja o caso do PSB que insiste em forçar a candidatura de Márcio França no Estado. Fosse só isso estava tudo bem. O problema e que a legenda quer França e também que Haddad, o Dr. Socrates da Frente Ampla contra o fascismo, deixe a disputa.

Para piorar, a legenda tenta negociar sem ter bala na agulha: usa Gerado Alckmin como moeda de troca, sendo que o ex-governador, que se prepara para assumir o cargo de vice-presidente na chapa de Lula, sequer filiou-se ao partido.

“Não estamos negando o direito do PSB de ter um candidato ao governo de SP. Se é uma necessidade do PSB, que tenha. Evidentemente que então não cabe a federação”, afirmou Marinho à Folha.

Alckmin chateado

A despeito de você gostar ou não de Geraldo, a sensação é de que ele está sempre sendo prejudicado do ponto de vista da política interna partidária.

Exceto nas disputas ao governo de São Paulo, ele sempre foi boicotado no PSDB, primeiro pela turma de FHC e Serra (que dupla, hein?) e agora recentemente por João Doria – esse traiu, pintou e bordou e no fim destruiu o PSDB.

Depois de guindar (também) Márcio França ao cargo de vice e dar a ele a chance de ser governador do Estado, Geraldo vê agora o aliado forçar a mão e usá-lo nas tratativas em seu favor com o PT.

Além de pretensioso – não tem a menor chance de ganhar a eleiçao e o DCM já explicou os motivos, França não se toca que está atrapalhando. Sabe que o PSB é o melhor aliado é o melhor espaço para Alckmin neste momento.

É hora dele praticar duas lições para iniciantes na política: a lealdade e a gratidão.

A lealdade ao amigo que sempre o ajudou. E a gratidão pela musculatura que conquistou nesse tempo.

Alckmin vem dizendo que quer a vaga de vice de Lula como uma missão: mandar Bolsonaro para Cochinchina e libertar o Brasil do genocida. Não é tarefa simples. Então, seria legal se França pudesse ter a exata compreensão histórica do seu papel neste momento.

Opinião pública e qualquer petista concordam com Luiz Marinho: a chance de Haddad não concorrer ao governo do Estado deve ser zero. Independentemente de Geraldo ser ou não vice de Lula.