O Hamas afirmou, nesta segunda (6), que aceitou os termos para uma trégua na guerra na Faixa de Gaza e que o cessar-fogo agora depende de Israel, que tem feito ataques há meses contra o território. Apesar do comunicado do grupo, autoridades do governo israelense negaram que exista um acordo até o momento.
O anúncio foi feito horas depois de militares israelenses ordenarem o esvaziamento da parte de Rafah, cidade no sul de Gaza que abriga cerca de metade dos 2,3 milhões de habitantes do território, que foram empurrados para o sul com os ataques, que já duram sete meses.
As negociações entre o Hamas e o governo de Israel são mediados por autoridades do Qatar, Egito e Estados Unidos. Caso seja efetivada, essa será a primeira trégua desde a pausa de duas semanas da guerra que ocorreu em novembro de 2023.
Desde a trégua, quando foram liberados 50 reféns israelenses e 150 palestinos detidos em prisões de Israel, os países que tentam buscar um cessar-fogo têm fracassado nas tentativas de libertar o restante dos sequestrados e permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza.
Existia uma preocupação de que as negociações para um cessar-fogo fossem paralisadas após Izzat al-Rashiq, oficial do Hamas, dizer que uma operação israelense em Rafah poderia acabar com as negociações.
Segundo o balanço mais recente feito por autoridades de saúde em Gaza, o número de palestinos mortos pelos ataques israelenses desde o início da guerra chegou a 34.683 neste domingo (5). São 78.018 feridos desde outubro de 2023, quando o conflito começou.