A Tucson Aviação, recentemente envolvida na apreensão de um avião do Primeiro Comando da Capital (PCC) pela Polícia Civil de São Paulo, está associada à HBR Aviação. A HBR, que tem contratos que somam R$ 44 milhões com a Aeronáutica, Exército e as Polícias Militares de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, tem uma conexão estreita com a Tucson, conforme informações do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.
Em 2018, o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) determinou que a Tucson e a HBR fazem parte do mesmo grupo econômico. Isso veio à tona quando um ex-funcionário revelou que, embora contratado pela HBR, trabalhava nas instalações da Tucson. O juiz Fabio do Nascimento Oliveira confirmou que a relação entre as empresas é inquestionável e ambas foram condenadas.
Além disso, Marco Antonio Audi, proprietário da Tucson, conta com Nilton Alexandre Severi, advogado e dirigente da Pacalu (acionista da HBR), em sua equipe jurídica. Audi, que foi condenado em 2014 por crime falimentar e deve R$ 147 milhões à União devido a fraudes contra credores, continua envolvido com a HBR.
Vale destacar também que a HBR Aviação mantém contratos significativos com o poder público, incluindo R$ 16,7 milhões com a Aeronáutica e o Exército, R$ 10,3 milhões com o governo paulista e a Polícia Militar, R$ 11,2 milhões com o governo mineiro e a PM, e R$ 5,9 milhões com a Polícia Militar do Rio de Janeiro.
Avião apreendido
No dia 7, a Polícia Civil de São Paulo apreendeu um avião do PCC, registrado em nome da Pablito Aviation, no hangar da Tucson Aviação, que é o maior do aeroporto Campo de Marte e representa a Robinson Helicopter Company no Brasil.
A operação faz parte de uma investigação mais ampla, que já havia alvo da Polícia Federal (PF) no mês anterior. A PF estava investigando traficantes que usavam jatos para transportar bilhões em cocaína para cartéis mexicanos, resultando na prisão de Ronald Roland, suspeito de lavar dinheiro do narcotráfico, incluindo do PCC.