O senador bolsonarista Luis Carlos Heinze (PP-RS), que ficou conhecido pelas fake news absurdas que repetiu na CPI da Covid, já foi investigado pela Lava Jato enquanto era deputado federal e admitiu saber de corrupção que acontecia em seu partido, no qual está filiado até hoje.
Heinze foi, na CPI, um dos principais defensores do tratamento precoce e do “kit covid”, um grupo de medicamentos ineficazes contra o coronavírus. Além disso, ele foi um dos senadores que mais espalhou notícias falsas na Comissão, tendo chegado a, sem sentido nenhum, evocar a ex-atriz de filmes adultos, Mia Khalifa, como funcionária de uma empresa.
Em 2015, enquanto era alvo da operação Lava Jato, o então deputado admitiu, em depoimento à Polícia Federal, que “como parlamentar do PP, já tinha ouvido falar de esquemas de corrupção dentro do partido”.
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Heinze afirmou, na época, que o partido não abriu investigação para apurar os possíveis esquemas. Nada disso foi suficiente, no entanto, para que ele deixasse a legenda, da qual é filiado até hoje.
O atual senador foi ouvido pela PF em 2015 por ordem do então ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki. A investigação era sobre arrecadação de doações de campanha por parte do PP nas eleições de 2010, que beneficiaram Luis Carlos Heinze, entre outros políticos.
Heinze defendeu que seu nome estava “envolvido” de forma “injusta”, no sentido de que teria sido beneficiado sem saber que os recursos que sua campanha recebeu tinham sido desviados da Petrobrás.
“A citação do envolvimento de deputados do partido está relacionada com uma estrutura corrompida de exercício partidário, patrocinada pela lideranças do partido”, disse, em 2015, o então deputado e atualmente senador bolsonarista.