João Lara Mesquita, um dos herdeiros do Estadão, usou seu Facebook para fazer uma dura crítica ao colega Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, conhecido como Tutinha, dono da Jovem Pan.
Em sua postagem, Mesquita faz um breve histórico de práticas pouco éticas do grupo comandado pela família Amaral de Carvalho e questiona o discurso vitimista adotado pela emissora pelas recentes medidas tomadas pelo TSE para coibir a emissora paulistana.
“A emissora que se fez vendendo o editorial pelo melhor preço, chantageando anunciantes, a mesma a oficializar o jabá pro bolso do proprietário agora clama por Justiça?”, escreveu João Lara a um grupo restrito em seu perfil de Facebook. “Ora bolas, com qual moral? Sempre se vendeu pela melhor oferta emulando Assis Chateaubriand, queria o quê?”
“Jabá” é uma antiga prática do meio de divulgação musical, na qual as gravadoras oferenciam dinheiro ou benefícios para que as emissoras dessem preferências às músicas de seus artistas.
A menção a Chateaubriand, por sua vez, faz referência aos métodos com os quais ele constrangia os ricos e poderosos de sua época a prestarem-lhe favores: ameaçando publicar seus escândalos ou oferecendo-lhes o silêncio de seus veículos de comunicação, congregados nos Diários Associados, que teve a TV e a Rádio Tupi e a Revista O Cruzeiro como grandes expoentes.
“Sim, ela está sob censura, a mesma censura (e disseminação de fake news) de que se utilizava para constranger empresas que não anunciavam com ela”, prosseguiu o empresário. “A publicidade sabe. Não falam porque sempre foram, e continuam sendo, covardes”.
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