Hezbollah diz que ataque do Hamas a Israel foi “100% palestino” e não teve apoio do Irã

Atualizado em 3 de novembro de 2023 às 12:47
Sayyed Hassan Nasrallah, chefe do Hezbollah

Hassan Nasrallah, chefe do Hezbollah, afirmou que o grupo não participou do ataque do Hamas no dia 7 de outubro e afirmou que a organização da ofensiva contra Israel ocorreu em “sigilo”. Em pronunciamento nesta sexta (3), ele ainda alegou que o episódio foi uma “operação 100% palestina” e que não teve apoio do Irã.

“A operação de 7 de outubro foi planejada em total sigilo, mesmo outras facções palestinas não tiveram conhecimento dela, muito menos movimentos de resistência no estrangeiro”, afirmou, citando o “Eixo da Resistência”, grupo de aliados anti-Israel na região que tem o apoio de Irã, Síria e os rebeldes houthis do Iêmen.

Ele também negou que o ataque promovido pelo Hamas tenha relação com “questões internacionais ou regionais” e reclamou das menções ao Irã feitas por autoridades internacionais que debatem o conflito.

“A comunidade internacional continua a trazer à tona o Irã e os seus planos militares, mas o ataque de 7 de outubro foi uma operação 100% palestina, planejada e executada por palestinos para a causa palestina, não tem qualquer relação com quaisquer questões internacionais ou regionais”, prosseguiu.

Segundo o chefe do Hezbollah, o Líbano só aderiu ao conflito um dia depois do ataque do Hamas ao território israelense. “Todos os membros da aliança entraram no conflito e dispararam drones contra Israel”, alegou. Ele justifica que os ataques do Hezbollah têm como objetivo acabar com a “agressão” à Faixa de Gaza.

Nasrallah também pediu que países árabes e muçulmanos encerrem comércio com Israel e interrompam envio de petróleo aos Estados Unidos, alegando que o país é um dos principais responsáveis pela guerra na região.

Desde o início do conflito entre Israel e Hamas, mais de 10,6 mil pessoas morreram, sendo, 1,4 mil em Israel e 9,2 mil palestinos mortos. Pelo menos 20 mil pessoas ficaram feridas em Gaza. Por isso, eu seu pronunciamento, o chefe do Hezbollah mandou um recado ao governo israelense. “Eu digo a Israel: não vá mais longe. Muitos civis já morreram. Eu prometo a você: um civil para um civil”, completou.

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