O “mercado” precisa começar a se acostumar com a ideia de que Lula ou, no caso de sua inelegibilidade, Fernando Haddad, são favoritos nas eleições.
As duas pesquisas mais recentes, CNT/MDA e Ibope, trazem Lula com 37%, Bolsonaro com 18% e o resto patinando atrás.
Não foi medido o desempenho de Haddad como candidato. Ele aparece com 4% no Ibope, mas sem ser apresentado como tal.
Segundo a XP/Ipespe, divulgada no dia 10, ele fica em segundo (13%) quando ungido por Lula.
Essa situação de pânico falsificado se repete, com uma ou outra variação, há mais de um ano. Faz sentido a histeria a cada levantamento?
Quem está ganhando com isso? Por que a mídia alimenta essa especulação?
Segundo a Folha, “o dólar fechou na maior cotação em mais de dois anos, em meio ao nervosismo de investidores com o cenário eleitoral”.
“A moeda subiu 1,07% ante o real e terminou cotada a R$ 3,958 —em 1º de fevereiro de 2016, fechou a R$ 3,962. Ao longo da tarde desta segunda, chegou a ultrapassar R$ 3,97.”
A frustração é com Alckmin, o preferido dos financistas por “reformista”. Infelizmente para eles, Geraldo não decola.
Se a Bolsa e aquela moça esquisita da GloboNews convencessem alguém, o resultado já seria outro.
O pacote fica ainda mais irracional levando-se em conta que os empresários ganharam muito com Lula.
(O melhor ano da hoje combalida Editora Abril, comentava-se na casa, foi 2011).
“Por que o mercado, que encheu o rabo de ganhar dinheiro no meu governo, está com medo de mim?”, ele questionou numa entrevista.
“A única explicação que eu entendo hoje para o ódio do mercado, é que eles não gostam de política social. Eles deveriam estar beijando o meu pé”.
Um pacto vai ser necessário. Nada sobrevive a uma crise sem fim. Nem o mercado.