Com camisa de Lula, homem é espancado; mãe de acusado conta outra versão

Atualizado em 6 de março de 2022 às 19:50
Com camisa de Lula, homem é espancado por bolsonaristas. Foto de hematomas no braço e na perna do homem agredido.
Petista foi impedido de receber atendimento médico pelos agressores. Foto: Divulgação

Com uma camisa com a imagem de Lula, um homem diz que foi espancado por dois homens. Trata-se de Manuel Araújo de Lima Neto, conhecido como Nino. Ele foi agredido pelos rapaz na última terça (1°) e que os mesmos seriam apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). O crime aconteceu em São Simão, interior de São Paulo.

Nino é militante e dirigente da sede do PT em São Simão. Ele relatou que recebeu socos, chutes e mata-leão, além de ter sido ameaçado com uma arma de fogo, que também não deixaram que pessoas que estavam no local apartassem a briga.

Nino ainda contou que procurou a Santa Casa de São Simão, mas foi impedido de entrar porque um dos homens ficou de plantão em frente à unidade de saúde intimidando a vítima e sua família. O militante só conseguiu receber cuidados médicos no dia seguinte.

Os deputados estaduais Emidio de Souza (PT) e Márcia Lia (PT) disseram que os agressores tinham sido identificados. Os parlamentares enviaram ofício à Polícia e ao Ministério Público cobrando providências. Na semana passada, a sede do partido em Campinas foi invadida e atacada por pessoas ainda não identificadas.

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O outro lado da história

Simone Porcel Alves, mãe de um dos acusados, se posicionou sobre o assunto. A versão contada por ela é completamente diferente. Porcel relatou que Nino teve um envolvimento romântico com sua filha em 2010 e que ele tentou novamente “ficar” com a moça no fim de fevereiro deste ano. Porém, isso não ocorreu, já que a mulher está namorando há três anos.

Nino não teria rejeitado a rejeição, o que gerou toda a confusão. “Usando sua filiação partidária e momento político que o Brasil passa, onde as pessoas enlouqueceram e acham pode sair brigando/agredindo/matando por causas políticas partidárias, para posar de vítima e se vingar por ter “perdido” a briga (e a moça), utilizou sua militância junto ao PT”, explicou Simone.

Ela relatou que é de esquerda e participou da fundação do PT no ABC, pois morava em Santo André. Relatou que seus filhos participavam dos comícios do Partido dos Trabalhadores. “Nesta família não há espaço para pessoas como a família Bolsonaro ou simpatizantes desses e que JAMAIS meu filho iria agredir um membro do PT, PDT, PC do B, PSOL, PSTU, porque ele SEMPRE acreditou (basta ver as publicações dele no facebook) na esquerda, ele foi criado frequentando ambientes onde a ideologia é de esquerda”, acrescentou.

Simone afirmou que vai pedir que o PT abra uma sindicância e prometeu apresentar provas.

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