Filipe Rodrigues, morto junto da mulher e do filho no mês passado, tinha um plano de enganar traficantes da comunidade do Castro e fingiu ser um policial militar. Segundo mensagens obtidas pela Polícia Civil, ele exigiu R$ 50 mil de criminosos para identificar e entregar um suposto informante. A informação é do g1.
A vítima recebeu ao menos R$ 11 mil do valor exigido, mas os traficantes descobriram que ele nunca foi policial e decidiram matá-lo. Filipe é, na verdade, motorista de aplicativo e afirmou a um traficante que era o “Demolidor” do 7º BPM (São Gonçalo).
Ele conversou com Lucas Lopes da Silva, o Naíba, apontado como chefe do tráfico na região e suspeito de ser o mandante do assassinato. Ele foi alvo de um mandado de prisão nesta quarta (3) e está foragido até o momento.
Um outro criminoso, Wesley Pires da Silva Sodré, foi preso por suspeita de envolvimento no assassinato. A polícia investiga quem executou a vítima. A polícia não divulgou o nome da pessoa que seria o “x-9” infiltrado, mas a pessoa está desaparecida e há suspeitas de que esteja morta.
Nas primeiras conversas entre Filipe e Naiba, o traficante já sabia da oferta para entregar o tal informante. Foi ele quem ofereceu R$ 50 mil pela informação e para criar uma emboscada para o suposto “X-9”. Pelas conversas, a Polícia descobriu que o traficante deu R$ 11 mil à vítima, mesmo suspeitando se ele seria “polícia mesmo”.
Em certo momento das conversas, o traficante para de responder. A polícia acredita que os criminosos já sabiam da farsa no período. Na noite de 17 de março, Naiba orientou Filipe a buscar o dinheiro, mas organizou uma emboscada contra ele.
O Voyage em que Filipe estava com a mulher foi alvejado. Segundo o delegado Willians Batista, o veículo foi atingido “por mais de 20 disparos”. “Os tiros se concentraram na parte da frente e na lateral, em dois pontos, todos eles direcionados para o motorista, como alvo principal. Foram apreendidos estojos de calibre 40 e de fuzil, o que indica dois ao menos dois atiradores”, contou.