Houthis do Iêmen atacam Tel Aviv e advertem: “Israel deveria esperar mais ataques”

Atualizado em 15 de setembro de 2024 às 10:57
Houthis, grupo armado que vive no Iêmen. Foto: reprodução

Na manhã deste domingo (15), os Houthis, grupo armado do Iêmen, dispararam um míssil contra o centro de Israel, um acontecimento raro desde o início da guerra em Gaza. O projétil atravessou o território israelense e caiu em uma área aberta, sem causar feridos, segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI). O som de explosões foi ouvido na região, e as FDI confirmaram que se tratava de interceptações militares.

Segundo a CNN, a estação de trem em Modi’in, cidade entre Tel Aviv e Jerusalém, foi um dos locais afetados, com vidros quebrados e grandes nuvens de fumaça, conforme vídeos compartilhados pela Autoridade de Bombeiros de Israel.

O porta-voz dos Houthis confirmou o ataque em vídeo, alegando o uso de um “novo míssil balístico hipersônico”. Segundo ele, o míssil percorreu cerca de 2 mil quilômetros em 11 minutos, sem ser interceptado por Israel. “Israel deveria esperar mais ataques”, alertou.

A polícia israelense está trabalhando para isolar áreas em Shfela, onde fragmentos do interceptador caíram. Sirenes foram ativadas em várias regiões, incluindo Tel Aviv, e vídeos mostram passageiros correndo em busca de abrigo no aeroporto da cidade.

Enquanto isso, no norte de Israel, 40 projéteis foram lançados do Líbano, sendo alguns interceptados e outros caindo em áreas abertas. As FDI também reportaram a invasão de um drone explosivo, que não causou danos.

Soldados do exército de Israel. Foto: Ronen Zvulun/Reuters

Os panfletos lançados em aldeias no sul do Líbano alertaram civis sobre disparos do Hezbollah. O conteúdo foi classificado como uma ação independente da 769ª Brigada do Comando Norte, sem aprovação do alto comando das FDI.

A escalada das tensões entre Israel, o Iêmen e o Líbano ocorre em paralelo à guerra entre Israel e o Hamas em Gaza. Desde o início do conflito, os Houthis, apoiados pelo Irã, têm atacado regularmente Israel com drones e mísseis, embora a maioria seja interceptada.

O Hezbollah, também apoiado pelo Irã, realizou ataques no norte de Israel, enviando foguetes e drones contra instalações militares. Esses confrontos diretos aumentam o temor de que o conflito se expanda por toda a região.

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