O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aplicou duas multas de R$ 100 milhões os proprietários de uma fazenda em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, devido a um incêndio florestal devastador que consumiu 333 mil hectares no Pantanal. Essa área equivale a mais de duas vezes o território da cidade de São Paulo, tornando-se a maior queimada deste ano atribuída a uma única propriedade.
Os fiscais do Ibama informaram que o incêndio teve início no imóvel rural em junho e durou 110 dias, sendo controlado pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) devido às difíceis condições climáticas.
A investigação, que durou mais de 20 dias, resultou na identificação dos responsáveis, que foram multados por danificar a vegetação nativa do Pantanal utilizando fogo sem a devida autorização do órgão ambiental competente. Como medida de preservação, toda a área incendiada foi embargada pelo Ibama para permitir sua regeneração.
Os danos causados pelo incêndio foram severos, afetando as vegetações típicas do bioma Pantanal e impactando diretamente a fauna local. A mortalidade dos animais silvestres aumentou, e a diminuição dos recursos alimentares comprometeu a sobrevivência dessas espécies. Além disso, a fumaça gerada pela queimada contribuiu para o aumento da poluição do ar em várias cidades brasileiras.
Diante do aumento das queimadas em agosto e setembro, o Ibama intensificou suas ações preventivas, notificando os proprietários de fazendas para que adotem medidas de controle de incêndios em áreas agropastoris. Essa estratégia se baseia na Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo.
Um levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgado recentemente revelou que, de janeiro a setembro deste ano, as queimadas em florestas nacionais afetaram 15,4 milhões de pessoas e causaram prejuízos de R$ 1,3 bilhão à economia brasileira.
A Amazônia, em particular, registrou um aumento alarmante nas queimadas, alcançando o dobro em comparação ao mesmo período de 2023 e estabelecendo um recorde na série histórica desde 2007. O Ibama segue monitorando a situação e tomando medidas rigorosas para proteger o meio ambiente.
Conheça as redes sociais do DCM:
⚪Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
?Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line