A taxa média de desemprego no Brasil caiu para 9,3% em 2022. Uma queda de 3,9% em relação a 2021, quando atingiu 13,2 pontos percentuais. A melhora no mercado de trabalho está atrelada a uma queda na renda média do trabalhador, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa anual de 2022 foi a mais baixa desde 2015, quando tinha sido de 8,6%. Os dados divulgados na manhã desta terça-feira (28) são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
“O resultado anual é o menor desde 2015, mostrando que o mercado de trabalho não apenas confirma a tendência de recuperação após o impacto da pandemia da Covid-19, como ultrapassa o patamar pré-pandemia”, afirmou o instituto em nota.
Segundo o levantamento do IBGE, agora, o número de trabalhadores ocupados cresceu 7,4% em relação a 2021, chegando a 98 milhões. Consequentemente, o nível de ocupação também cresceu pelo segundo ano consecutivo, após o menor patamar em 2020, de 51,2%. Em 2022, conseguiu registrar 56,6%.
O ano encerrou com o valor médio anual do rendimento real habitual estimado em R$ 2.715, o que representa 1% a menos que 2021, uma perda de R$ 28. A média anual da massa de rendimento chegou a R$ 261,3 bilhões e conseguiu o maior patamar da série, com alta de 6,9% em relação a 2021, o equivalente a mais de R$ 16,9 bilhões no ano.
Além disso, a PNAD Contínua também conseguiu registrar uma queda na taxa média anual da informalidade, que saiu de 40,1% em 2021 para 39,6% em 2022. Mas a média anual de empregados sem carteira assinada também aumentou de 2021 para 2022: 14,9%, passando de 11,2 milhões para 12,9 milhões de pessoas, atingindo seu maior patamar da série histórica.
Teve também uma crescente no número de empregados com carteira de trabalho assinada em 2022. Subiu 9,2% e chegou a 35,9 milhões de pessoas, aumentando a reversão da tendência iniciada em 2021.
No resultado anual, a população ocupada média, quando a pessoa exerce atividade profissional formal ou informal, alcançou um total de 98 milhões de pessoas, a maior média anual da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012, e 7,4% acima de 2021. Sobre os resultados de 2012, quando a média anual da população ocupada foi de 89,6 milhões de pessoas, houve aumento de 9,4%.
Entre outubro e dezembro de 2022, a população ocupada era de 99,4 milhões de pessoas. Revelando a estabilidade em relação ao 3º trimestre, segundo o IBGE. Mas, se comparado ao trimestre de 2021, subiu 3,8%, com 3,6 milhões de pessoas a mais.