Em 2022, o Brasil reverteu uma queda de dois anos consecutivos no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da ONU (Organização das Nações Unidas), mas não recuperou o nível atingido em 2019, antes da pandemia de Covid-19. O país perdeu duas posições no ranking.
No último ano do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, o país atingiu o índice 0,760, considerado alto, e agora ocupa a 89ª posição na lista, que contém 193 nações. Entre 2018 e 2019, o IDH passou de 0,764 para 0,766, acima do recuperado pelo ex-mandatário.
Durante a pandemia, o país sofreu duas quedas consecutivas, indo para 0,758 em 2020 e pra 0,754 em 2021. Apesar da retomada na taxa, a recuperação ficou abaixo do esperado.
Países como Cuba (0,764) e China (0,788) aparecem à frente do Brasil no ranking, na categoria de desenvolvimento alto. Entre as nações com índice considerado muito alto estão Argentina (0,849) e Bahamas (0,820).
Na América Latina e no Caribe, o Chile se mantém como o país com o IDH mais alto. O Brasil ocupava a 16ª posição e caiu para a 19ª com o resultado, ficando atrás de Argentina, Panamá, Costa Rica, México, Equador, Cuba e Peru.
A pandemia representou a maior queda de IDH registrada na história desde que os dados começaram a ser contabilizados, na década de 1990.
Os dados foram divulgados pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) nesta quarta (13). O índice de cada país é feito a partir de estimativas da expectativa de vida ao nascer, escolaridade e renda. Quanto mais próximo de 1, melhor o IDH do país.