A Embaixada de Israel no Brasil afirmou que não convidou o ex-presidente Jair Bolsonaro para o evento que promoveu na Câmara dos Deputados nesta quarta (8), mas uma imagem do encontro desmente essa versão. Havia uma placa com a identificação do ex-mandatário na mesa onde esteve durante o ato.
Bolsonaro se sentou ao lado do embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, que foi fortemente criticado após o ato. Após a repercussão negativa do episódio, a embaixada publicou uma nota dizendo que o ex-presidente não estava na lista de convidados.
“Convidamos parlamentares e apenas parlamentares. A presença do ex-presidente não foi coordenada pela Embaixada de Israel e não era de nosso conhecimento antes da reunião”, diz a nota publicada pela embaixada. O comunicado ainda diz que a presença dele “ocorreu de forma fortuita”, mas havia uma placa com seu nome no local.
Segundo a embaixada, o objetivo do encontro era “mostrar as atrocidades do 7 de outubro” cometidas pelo Hamas. Mais de 300 deputados e senadores foram convidados para o encontro.
O ex-presidente ainda fez ataques a Lula durante a reunião e Zonshine, que ouviu suas mentiras, decidiu ficar em silêncio. Bolsonaro acusou o petista de ter “complacência” com terroristas e até inventou que ele não teria ajudado a ex-senadora colombiana Ingrid Betancourt, que foi mantida refém das Farc por seis anos.
A reunião ocorreu no mesmo momento em que parlamentares de esquerda promoviam um ato pró-Palestina, o que dividiu o Congresso. Deputados e senadores do PT, PSOL, PCdoB e Rede pediam um cessar-fogo no conflito entre Israel e o Hamas.