Faltando menos de uma semana para sua sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Flávio Dino irá se reunir com bancadas partidárias e temáticas para conquistar os votos necessários para tomar posse como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro da Justiça e Segurança Pública deverá intensificar as articulações com o PSD, partido que detém três ministérios federais e possui a maior bancada de senadores.
Até o momento, mais da metade dos 15 membros do PSD no Senado não se manifestou sobre a aprovação de Dino. Na última indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao STF, a sigla fechou questão para aprovar a nomeação de Cristiano Zanin.
Na sexta-feira (8), Dino obteve uma adesão no partido. O senador Angelo Coronel (PSD-BA), que estava indeciso por não conhecer o indicado de Lula pessoalmente, declarou apoio ao ministro após um encontro entre eles.
“Ele [Dino] disse que está preparado e, ao assumir, deixará de ser político-partidário. É evidente que não deve ser algo que aconteça do dia para noite. Acho que a pessoa vai desencarnando paulatinamente”, disse o parlamentar.
O senador é favorável à imposição de mandato para ministros do Supremo. Dino também já declarou ser entusiasta de um prazo máximo de 11 anos para um magistrado permanecer no STF.
Flávio Dino planeja uma reunião pré-sabatina com a bancada, inclusive com a presença do presidente do partido, Gilberto Kassab.
Além do PSD, Dino busca apoio na bancada do União Brasil, onde nenhum senador declarou publicamente seu apoio ao ministro. A expectativa é que Davi Alcolumbre (União-AP), presidente da CCJ, trabalhe para mudar esse cenário desfavorável.