Indicado por Michelle, religioso humilhava funcionários do Alvorada e ficou conhecido como “pastor-capeta”

Atualizado em 3 de fevereiro de 2023 às 19:47
Francisco de Assis Castelo Branco, pasto que administrava o Palácio da Alvorada. Foto: Reprodução

Francisco de Assis Castelo Branco, pastor próximo da família Bolsonaro, ficou encarregado de administrar o Palácio da Alvorada por Michelle, então primeira-dama, em fevereiro de 2021. Chico, como era chamado pelo clã, é marido de Elizângela Castelo Branco, intérprete de libras do ex-presidente. A informação é do portal Metrópoles.

O casal se mudou para Brasília com a vitória do ex-presidente na eleição de 2018 e foi empregado no governo. Inicialmente, ele ocupou cargo no Palácio do Planalto com salário de R$ 5,6 mil e depois foi transferido para o Alvorada ganhando quase o dobro do valor.

Com o cargo de administrador do palácio, ele recebeu o apelido de “pastor-capeta” pela forma que tratava os subordinados. Ele xingava funcionários e ameaçava suspender o lanche de quem o questionasse. Uma pessoa foi mandada embora por levar para casa algumas mangas do palácio, o que era corriqueiro antes dele assumir a função.

“Ele assediava as pessoas e ameaça de demissão o tempo todo. E dizia que a primeira-dama tinha conhecimento de tudo e autorizava essa postura”, afirmou uma funcionária do Planalto.

Um militar que lidava com frequência com o pastor diz que ele era “extremamente abusivo” com os subordinados e usava sua proximidade com o clã para “intimidar e amedrontar” todos que trabalhavam no local.

Em 2022, o pastor convocou uma reunião com empregados de uma empreiteira contratada pelo governo para cuidar da jardinagem do Alvorada e chamou atenção deles por se queixarem de ter que limpar um banheiro de serviço.  Na ocasião, ele ameaçou cortar o lanche que foi oferecido diariamente ao grupo.

Ouça:

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clique neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link