Para a Venezuela, os exercícios militares anunciados pelos Estados Unidos na Guiana são uma “infeliz provocação”. O governo americano comunicou, mais cedo nesta quinta (7), que aeronaves vão sobrevoar a região de Essequibo e o resto da Guiana em exercícios militares.
“Esta infeliz provocação dos Estados Unidos em favor da ExxonMobil [empresa multinacional de petróleo e gás dos Estados Unidos] na Guiana é mais um passo na direção errada. Alertamos que não seremos desviados de nossas ações futuras para a recuperação do Essequibo”, afirmou Vladimir Padrino López, ministro do Poder Popular para a Defesa.
O território em disputa entre Venezuela e Guiana foi tema de um plebiscito nesta domingo (3). Esse é o primeiro movimento dos Estados Unidos em relação ao conflito desde a data e as manobras, segundo a Embaixada do país na Guiana, vão acontecer em parceria com a Força Aérea guianesa.
Os dois países têm uma parceria militar desde 2022 e o objetivo dos exercícios, segundo o governo americano, é “melhorar a segurança” do local.
Mais cedo, durante a abertura da 63ª edição da reunião de chefes de Estado do Mercosul, o presidente Lula afirmou que tem visto o conflito com uma “crescente preocupação” e pediu para que os países do bloco não fiquem “alheios” ao tema.
“Uma coisa que não queremos aqui na América do Sul é guerra. Não precisamos de guerra, não precisamos de conflito. O que nós precisamos é construir a paz, porque somente com muita paz a gente pode desenvolver os nossos países”, afirmou o petista durante discurso.