Inteligência da PRF detectou mobilização bolsonarista, mas cúpula não agiu para impedir

Atualizado em 2 de novembro de 2022 às 10:04
Com Bolsonaro, PRF afrouxou medidas de fiscalização de grupos de apoio ao governo
Presidente Jair Bolsonaro com agendes da Policia Rodoviária Federal
Foto: Reprodução

O setor de inteligência da Polícia Rodoviária Federal havia informado a cúpula da corporação de que poderia haver mobilização de bolsonaristas nas estradas em caso de derrota do presidente Jair Bolsonaro.

A morosidade em promover a desmobilização dos bloqueios golpistas vem despertando desconforto no órgão.

Em alguns grupos de mensagens da PRF circularam no dia  24 de novembro uma convocação para o dia 30, convidando os caminhoneiros a acompanhar o resultado do pleito “na beira das BRs”.

De acordo com a apuração de Malu Gaspar, em O Globo, a PRF não se programou para combater essa movimentação, diferentemente do que ocorreu em situações similares, como, por exemplo, na greve dos caminhoneiros de 2018.

Internamente, atribui-se esse “corpo mole” à ingerência política na PRF.

Não seria o primeiro episódio que evidenciaria tal interferência: as ações praticadas no dia da eleição, com diversos comandos simultâneos nas estradas impedindo ônibus com eleitores de chegarem a seus destinos, já sinalizava isso. Silvinei Marques, seu diretor-geral, é apadrinhado por Flávio Bolsonaro.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clique neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link