Durante décadas, anunciantes não tinham qualquer dúvida sobre onde gastar suas verbas de publicidade: nas redes de televisão. Depois de um período áureo, o surgimento e crescimento da TV a cabo fez empresas repensarem suas estratégias de marketing. Isso, até aparecer a internet e mudar todo o jogo.
O dinheiro gasto globalmente em vídeos do YouTube, no Facebok e em sites de notícias vai ultrapassar o orçamento dedicado à TV pela primeira vez em 2017, de acordo com pesquisa da consultoria ZenithOptimedia A empresa estima que no ano que vem anúncios online e em smartphones vão responder por 36% de todo o investimento de publicidade do mundo, comparados a 35% para a televisão.
Jovens ainda passam parte importante de seu tempo vendo TV, mas há outras opções. Em média, aqueles com 18 a 24 anos, nos EUA, assistem 16 horas e 18 minutos por semana, ou mais de 2 horas por dia, de acordo com a Nielsen. Ainda é muito, mas aqueles com 35 a 49 horas assistem quatro horas e meia por dia.
No momento, Facebook Inc., Google (Alphabet Inc.), Twitter, AOL e todas as empresas de media online correm atrás do anunciante tradicional de TV, ou o chamado “brand advertisiging”. E vão conquistá-lo, apesar do anúncio de cerveja que irá perdurar por um tempo na final do campeonato de futebol na TV.
Até a agora a internet vinha fazendo dinheiro às custas de jornais e revistas, que sofrem cortes cada vez maiores de custos em meio a um desabamento de suas tiragens, e a TV permanecia relativamente incólume. Este tempo acabou – pergunte a um jovem imerso no Snapchat, lembra o Livemint.
Está sobrando também para a TV a cabo
Coluna de Ricardo Feltrin no UOL registra: pesquisa da CVA Solutions mostra que pelo menos 1 em cada 10 pessoas que assinam Netflix abandonam seu pacote de TV a cabo. Não se sabe o tamanho da base de assinantes da Netflix no Brasil, estimada hoje em 4 milhões. A empresa teria faturado no ano passado R$ 1 bilhão, mais do que o SBT, por exemplo.