Investigada do 8 de janeiro assume cadeira no Senado

Atualizado em 14 de junho de 2024 às 0:33
Senadora Rosana Martinelli (PL-MT) – Reprodução/Senado

A nova senadora do Senado Federal, Rosana Martinelli (PL-MT), está sob investigação da Polícia Federal por suposto envolvimento nos eventos do 8 de Janeiro. Segundo apurou o Congresso em Foco, a investigação está em curso e o processo corre em sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF).

A parlamentar assumiu o cargo na quarta-feira (12), substituindo temporariamente Wellington Fagundes (PL-MT), que se afastou por motivos médicos até outubro. Ela ocupa a posição de terceira suplente do político. A cerimônia de posse contou com a presença do presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto (PL), e recebeu elogios de figuras políticas da direita, especialmente ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A senadora é investigada por supostamente financiar os atos que resultaram em danos ao Congresso Nacional em janeiro de 2023. Durante a investigação, seu passaporte foi retido e suas contas bancárias bloqueadas.

“Tive minhas contas bloqueadas e ainda continuo com meu passaporte retido, porque defendi e continuo defendendo a minha liberdade de expressão”, afirmou Martinelli durante seu discurso de posse no Senado. “Eu me solidarizo com todos aqueles que tiveram seus direitos violados e espero que esta Casa possa ajudar todos os patriotas que querem a liberdade, que lutaram pela liberdade, e muitos ainda estão impossibilitados de ter essa liberdade”, completou.

Bolsonaristas perto de agentes em 8 de janeiro de 2023 em Brasília
Atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 em Brasília – Joedson Alves/Agência Brasil

Os atos golpistas de 8 de Janeiro resultaram em danos ao plenário do Senado Federal, local onde a senadora expressou apoio aos que considera “patriotas”. Suas declarações geraram críticas de apoiadores de Bolsonaro contra o STF e o ministro Alexandre de Moraes. O senador Eduardo Girão (Novo-CE) questionou: “Tem cara de terrorista?”.

Esses eventos marcaram o ápice de um movimento contestando e tentando invalidar os resultados das eleições de 2022, que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) presidente pela terceira vez desde o início dos anos 2000.

Os ataques resultaram na detenção de 2.170 pessoas, das quais 775 foram liberadas devido a idade avançada ou por serem mães de crianças pequenas. Audiências de custódia foram realizadas nos dias seguintes e, até março, a maioria dos detidos já havia sido libertada sob fiança.

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