IPEC: 40% dos eleitores de Bolsonaro acham que Brasil está igual ou melhor

Atualizado em 7 de setembro de 2023 às 19:21
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e primeira-dama Janja. Foto: Ricardo Stuckert/Reprodução

A pesquisa do Ipec (anteriormente Ibope) valida as tendências observadas em recentes sondagens, como a Quaest, e evidencia um aumento notável na aprovação do presidente Lula. Em junho, 53% dos 2 mil entrevistados manifestaram sua aprovação pelo desempenho de Lula. Na pesquisa mais recente, realizada com o mesmo número de entrevistados e divulgada ontem, esse percentual cresceu para 56%.

O relatório estratificado da pesquisa destaca que o presidente continua sendo extremamente popular entre os segmentos mais vulneráveis da população. Entre os brasileiros com escolaridade até o ensino fundamental, 68% afirmaram aprovar o presidente da república, em contraste com apenas 27% que o rejeitam. De acordo com o Ipec, esse segmento representa cerca de um terço da população apta a votar.

Quanto à estratificação por renda, Lula mantém sua influência principalmente entre os mais pobres. A pesquisa do Ipec revela que 65% dos brasileiros com renda familiar de até 1 salário mínimo aprovam o desempenho do presidente. Esse setor corresponde a 27% dos eleitores. Em junho, a aprovação de Lula nesse segmento de renda mais baixa havia sido de 58%.

Ipec revela aumento da aprovação de Lula, diminuição da polarização política e oscilações na classe média. (Imagem:Reprodução)

A pesquisa demonstra que o ex-presidente está conseguindo reduzir o clima de polarização que foi acentuado nos últimos anos. Sua aprovação entre os evangélicos, um setor que experimentou uma guinada política à direita nos últimos anos, subiu para 49%, em comparação com os 42% registrados em junho.

Entretanto, Lula perdeu alguns pontos na classe média, já que sua aprovação entre as famílias com renda acima de 5 salários, que era de 51% em junho, agora está em 45%.

Vale ressaltar que as margens de erro para esses estratos na pesquisa são consideravelmente amplas, portanto, as variações entre as diferentes sondagens devem ser interpretadas com cautela.

Um dado particularmente notável foi a pergunta sobre a percepção da economia brasileira em relação ao governo anterior. Surpreendentemente, 40% dos eleitores de Bolsonaro afirmaram que a economia está igual ou melhor atualmente, com 10% dizendo que está melhor e 30% avaliando como igual.

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