Irã encerra ataque, mas ameaça destruir infraestrutura de Israel em caso de retaliação

Atualizado em 2 de outubro de 2024 às 11:08
Sistema antimísseis ‘Iron Dome’ de Israel intercepta foguetes de ataque iraniano em 1º de outubro de 2024 – Foto: Reuters

O Irã declarou nesta quarta-feira (2) que considera encerrado seu ataque a Israel, realizado na noite de terça (1º) com o lançamento de 181 mísseis balísticos.

Segundo o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, a ação foi uma resposta às mortes de líderes do Hamas e do Hezbollah, e não será repetida, a menos que Israel promova uma nova retaliação. “Nossa ação está concluída, exceto se o regime israelense decidir provocar mais retaliação. Nesse cenário, nossa resposta será mais forte e poderosa”, escreveu Araqchi em suas redes sociais.

Durante o ataque, o Irã utilizou mísseis balísticos como o Shahab-3, com grande poder destrutivo, capazes de atingir velocidades hipersônicas.

A maior parte dos mísseis foi interceptada pelos sistemas de defesa de Israel, com apoio de navios de guerra americanos no Mar Vermelho e das defesas da Jordânia. Embora Israel tenha evitado danos significativos, imagens do ataque geraram dúvidas sobre a extensão do estrago nas bases militares, especialmente em Nevatim, onde o Irã afirma ter atingido até 20 caças F-35, algo negado pelas Forças de Defesa de Israel.

Após o ataque, o chefe do Estado-Maior do Exército iraniano, general Mohammad Bagheri, ameaçou bombardear “toda a infraestrutura” de Israel caso o país retalie a ação iraniana.

O general iraniano Mohammad Bagher – Foto: Reprodução

“Se o regime sionista quiser continuar com esses crimes ou agir contra nossa soberania, uma operação como a desta noite será repetida com maior intensidade”, declarou Bagheri à TV estatal iraniana.

O governo iraniano destacou que o ataque foi realizado com cuidado para não provocar uma escalada maior do conflito. A porta-voz do governo, Fatemeh Mohajeran, enfatizou que o Irã “não tem interesse em uma guerra mais ampla” e reforçou que o país não permitirá que sua soberania seja ameaçada.

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