Sem conseguir uma aliança significativa a três meses das eleições, sobrou ao candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, buscar um acordo com o deputado Aécio Neves (PSDB), ex-governador de MG derrotado por Dilma Rousseff (PT) no pleito de 2014.
Após ser chutado por Alexandre Kalil (PSD), que optou por apoiar o ex-presidente Lula (PT) na corrida eleitoral e ofereceu seu palanque ao petista, Ciro correu para bajular Aécio e tentar costurar um acordo para que o cacique de Minas ofereça sua estrutura para que ele possa ter espaço no estado, considerado chave durante o período eleitoral.
Em 2018, durante a última campanha presidencial, o pedetista afirmou que o tucano foi “a maior decepção” que ele teve em sua vida política, em referência aos áudios em que o deputado pedia dinheiro emprestado ao empresário Joesley Batista.
Quatro anos depois, desesperado atrás de alianças após perceber que não sairá dos 8% nas pesquisas de intenção de voto, o ex-governador do Ceará foi atrás até do Cabo Daciolo, que se filiou ao PDT e até agora é seu único associado no Rio.
Em troca do apoio a Ciro, Aécio quer que o PDT abrace a candidatura do PSDB ao governo de Minas, Marcus Pestana. Segundo o jornal O Globo, as conversas ainda são iniciais.
Ciro, Aécio e Pestana devem se reunir na próxima semana, quando o pré-candidato fará agendas da pré-campanha em Minas.