Publicado originalmente no blog do autor
O 11º dia da ofensiva genocida de Israel na Faixa de Gaza contabiliza resultados tétricos.
Segundo relatórios das autoridades sanitárias de Gaza publicados pela imprensa internacional, 13.162 palestinos ficaram feridos e 4.127 foram mortos até esta 6ª feira, 20/10.
Isso representa 15 palestinos mortos por hora – a maioria crianças, mulheres e idosos.
A quantidade de vítimas palestinas já corresponde a praticamente três vezes o número de israelenses mortos nos atentados do Hamas no 7 de outubro.
Do total de vítimas, quase metade são crianças: 1.661, o que equivale a 150 crianças palestinas assassinadas a cada dia de ataque israelense – 6 por hora!
Além desse morticínio infantil diário, milhares de outras crianças palestinas ficaram órfãs. E muitas das que conseguirem sobreviver também ficarão órfãs. Não há hipótese de futuro possível.
Os dados ainda são provisórios, porque subestimados. Estima-se a existência de um número imponderavelmente elevado de vítimas soterradas nos escombros de 15 mil edificações destruídas por toneladas de bombas despejadas pelas Forças Armadas de Israel nos bombardeios incessantes.
Dentre os prédios atacados estão hospitais, escolas, residências, locais de refúgio da ONU e centros de imprensa. Israel não poupa nem jornalistas – 21 já foram mortos, quase dois por dia.
A proibição, por Israel, de assistência médica e humanitária, ao lado do desabastecimento de água, comida e remédios, elevará dramaticamente o número de vítimas fatais em Gaza.
Diante desta tragédia que assistimos impotentes em tempo real pela internet, TV e redes sociais, é repugnante a postura dos EUA, único país a se opor à proposta do governo brasileiro no Conselho de Segurança da ONU.
Em Tel Aviv, o presidente estadunidense Joe Biden afiançou apoio incondicional à barbárie genocida promovida pelo regime sionista de apartheid. Ele disse que “se Israel não existisse, teríamos de inventá-lo. Faremos de tudo em nosso poder para que isso aconteça”.
Biden prometeu um “pacote sem precedentes” de ajuda financeira e bélico-militar para Israel devastar Gaza, um território transformado na Guernica do século 21.
O que acontece em Gaza não é guerra, é genocídio; é extermínio programado do povo palestino; é limpeza étnica [aqui e aqui].
É preciso intensificar a mobilização mundial da consciência democrática, humanista e de solidariedade com o povo palestino para deter a fúria vingativa do regime sionista de apartheid e a cumplicidade criminosa dos Estados Unidos com o genocídio.