Neste sábado (2), Israel lançou novos bombardeios na Faixa de Gaza, marcando o segundo dia de ataques após o término de uma trégua de uma semana com o Hamas. Os bombardeios resultaram em nuvens de fumaça sobre Gaza, onde quase 200 pessoas morreram desde a retomada do conflito na sexta-feira (1°), segundo o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas.
As tensões aumentaram com ambos os lados culpando-se mutuamente pelo colapso da trégua. Israel acusou o Hamas de tentar ataques com foguetes durante a trégua e de não apresentar uma lista de reféns a serem libertados.
“Estamos atacando alvos militares do Hamas em toda a Faixa de Gaza”, afirmou Jonathan Conricus, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, no sábado. O Hamas, por sua vez, emitiu ordens para retomar o combate.
A comunidade internacional, incluindo o secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o retorno dos combates. Os temores de um conflito regional aumentaram após relatos de bombardeios israelenses perto de Damasco e a morte de um membro do Hezbollah em um ataque na sexta-feira.
Os EUA afirmaram que estão trabalhando com aliados regionais para retomar a trégua. O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, destacou os esforços para reimplementar a pausa.
O conflito, iniciado em 7 de outubro, gerou uma escalada significativa de violência. Durante a trégua, o Hamas libertou reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos, e as autoridades israelenses afirmaram que cinco dos capturados pelo Hamas foram mortos.
A situação humanitária em Gaza é alarmante, com 1,7 milhão de pessoas deslocadas e enfrentando carência de alimentos e água. A ONU alertou para uma “catástrofe humanitária”.
“O serviço de saúde está de joelhos”, disse Rob Holden, da Organização Mundial da Saúde (OMS), aos repórteres em Gaza. “É como um filme de terror”.
As autoridades israelenses retomaram as medidas de segurança, incluindo o fechamento de escolas, e emitiram avisos para evacuação em áreas específicas de Gaza.