Israel atacou escola com 4 mil refugiados em Gaza, diz ONU

Atualizado em 17 de outubro de 2023 às 17:51
Destroços nas ruas de Gaza, na Palestina. Foto: reprodução

Nesta terça-feira (17), a agência humanitária da ONU, UNRWA, relatou que um ataque aéreo atingiu uma escola administrada pela organização na região central da Faixa de Gaza, resultando na morte de pelo menos seis pessoas. O bombardeio ocorreu durante uma ofensiva aérea no campo de refugiados de al-Maghazi, deixando dezenas de pessoas feridas, com a expectativa de que os números continuem subindo, conforme declaração da agência.

Este é o segundo grande alvo com civis no dia. Israel também atacou um hospital em Gaza e matou pelo menos 877 pessoas, entre médicos, mulheres e crianças, morreram, no que a Palestina descreveu como um “massacre sem precedentes”, tornando-se a ação mais fatal das cinco guerras travadas entre palestinos e sionistas.

A agência da ONU condenou o ataque, afirmando que “nenhum lugar é seguro mais em Gaza, nem mesmo as instalações da UNRWA”. “Pelo menos 4.000 pessoas refugiaram-se nesta escola da UNRWA transformada em abrigo. Eles não tinham e ainda não têm para onde ir”, acrescentou o texto.

Enquanto isso, os militares israelenses reiteraram que seus alvos não eram civis e que estavam focados em instalações militares do Hamas. O conflito entre Israel e o Hamas já resultou no deslocamento de mais de um milhão de pessoas na Faixa de Gaza, com 600 mil indivíduos deixando a região norte do território após um alerta emitido pelo Exército israelense.

Os números trágicos continuam a crescer, com o Ministério da Saúde palestino relatando cerca de 3.000 mortes na Faixa de Gaza desde o início dos confrontos em 7 de outubro até o início desta terça-feira.

O ataque inicial do grupo Hamas contra Israel resultou na morte de 1.400 pessoas, desencadeando o conflito mais devastador no Oriente Médio em décadas. Adicionalmente, 12.500 palestinos foram feridos durante os confrontos, enquanto 61 mortes foram registradas na Cisjordânia, onde comunidades palestinas coexistem com assentamentos judeus.

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