Na mais recente declaração diplomática, Jonathan Peled, representante de Israel, expressou a vontade do governo israelense em restaurar os laços com o Brasil após um período de tensão decorrente de declarações controversas do presidente Lula.
Peled, vice-diretor da divisão de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores de Israel, enfatizou a importância de retomar as negociações bilaterais como anteriormente.
Durante um encontro com diplomatas na sede do Ministério das Relações Exteriores em Jerusalém, ele destacou que, apesar das declarações polêmicas do presidente do Brasil, os dois países não cortaram relações e estão buscando soluções diplomáticas.
O representante israelense criticou fortemente as declarações de Lula, que equiparou os ataques de Israel aos nazistas de Hitler. Ele sublinhou que tais comentários ultrapassam uma “linha vermelha” e são considerados inaceitáveis por Israel.
Peled ressaltou que estão empenhados em acalmar a situação e esperam ouvir uma resposta positiva do lado brasileiro. Além disso, ele observou que as palavras e declarações têm consequências significativas nas relações internacionais.
Além disso, Peled destacou que a declaração de Lula não representa a posição de todos os brasileiros e mencionou a opinião pública, o Congresso e outros governantes brasileiros que discordam das opiniões opostas do presidente brasileiro.
O diplomata também apontou críticas a líderes latino-americanos, como os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e do Chile, Gabriel Boric, por declarações consideradas antissemitas.
O Ministério das Relações Exteriores, ou mais conhecido como Itamaraty, ainda não se posicionou. O presidente Lula, por sua vez, tem defendido a posição de que as ações militares de Israel em Gaza configuram genocídio e tem proposto medidas humanitárias para a região.
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