O governo de Israel disse que vai permitir a entrada de ajuda humanitária para a população civil da Faixa de Gaza pelo Egito após reunião com o presidente americano, Joe Biden. O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou, no entanto, que os suprimentos não serão permitidos na fronteira com seu território.
“À luz da exigência do presidente Biden, Israel não impedirá o fornecimento humanitário do Egito enquanto for apenas comida, água e medicamentos para a população civil no sul da Faixa de Gaza”, afirmou o gabinete de Netanyahu.
A ajuda será liberada na fronteira com Israel quando o Hamas liberar os reféns sequestrados durante o ataque do último dia 7, afirmou o governo. A gestão de Netanyahu ainda pediu que a Cruz Vermelha visitasse os sequestrados e buscassem apoio internacional para auxiliá-los.
O gabinete de Netanyahu também alertou que “quaisquer suprimentos que cheguem ao Hamas serão impedidos”.
O premiê israelense se reuniu hoje com Joe Biden, que afirmou que a libertação dos reféns deve ser a principal prioridade no conflito. Segundo autoridades, 199 pessoas foram capturadas pelo Hamas.
O território palestino, onde vivem mais de 2 milhões de pessoas, está bloqueado por Tel Aviv num “certo total” desde a semana passada. Mais cedo, as Forças de Defesa de Israel (IDF) prometeram fornecer ajuda internacional aos civis que se deslocarem do norte de Gaza para o sul “conforme necessário”.
O número de mortos em decorrência da guerra chegou a 4.942 nesta quarta. São 3.542 palestinos da Faixa de Gaza e Cisjordânia e 1.400 israelenses, segundo o Ministério da Saúde da Palestina. São mais de 17.775 feridos (12.000 na Faixa de Gaza, 1.300 na Cisjordânia e 4.475 em Israel).