Israel e Líbano estão próximos de estabelecer um acordo de cessar-fogo, conforme anunciado pelo primeiro-ministro libanês, Najib Mikati. O anúncio, feito em meio a crescentes tensões entre os dois países, sugere um avanço significativo nas tentativas de estabilização na região.
A emissora pública israelense “Kan” também divulgou um suposto rascunho da proposta de cessar-fogo, datado de 26 de outubro, que aponta para um fim das hostilidades entre Israel e o Hezbollah, grupo que atua no território libanês.
A proposta de cessar-fogo envolve compromissos de ambos os lados. Segundo o documento divulgado, o governo do Líbano assumirá a responsabilidade de garantir que o Hezbollah seja desarmado e que deixe de representar uma ameaça ao território israelense. Em contrapartida, Israel se compromete a cessar operações militares com alvos no Líbano, caso o grupo extremista mantenha-se inativo. O premiê Mikati ressaltou que espera um acordo entre as duas nações “nas próximas horas ou dias”.
Ainda segundo o rascunho, o plano de cessar-fogo prevê que as únicas forças armadas atuando na região da Linha Azul — fronteira entre Líbano e Israel — sejam o Exército do Líbano e as forças de paz da ONU (Unifil).
Além disso, o governo libanês será responsável pela supervisão de qualquer armamento destinado ao país, visando evitar que armas cheguem a grupos como o Hezbollah. “Este é um esforço para trazer estabilidade e segurança à região”, teria dito uma fonte próxima às negociações.
Outro ponto do documento estipula que Israel terá sete dias para retirar suas tropas do território libanês. Essas serão substituídas pelo Exército do Líbano, com supervisão de observadores dos Estados Unidos e de outro país que ainda não foi especificado. Em um período de 60 dias, o Líbano deverá desarmar grupos militares não oficiais localizados no sul do país, onde a presença do Hezbollah é expressiva.
No caso de descumprimento das cláusulas acordadas por qualquer um dos lados, a proposta inclui sanções econômicas como forma de retaliação. A supervisão da implementação do acordo será conduzida por autoridades dos Estados Unidos e outros países aliados, que também não foram nomeados até o momento.
A Casa Branca admitiu que diferentes rascunhos do acordo circulam, mas enfatizou que estes documentos não refletem necessariamente a atual fase das negociações.
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