Nesta sexta-feira, Israel promoveu a expulsão de milhares de trabalhadores palestinos, forçando-os a retornar à Faixa de Gaza, em meio à escalada de violência na região. Esses trabalhadores, que estavam no território israelense no início dos conflitos, não puderam retornar às suas casas e, em vez disso, foram detidos em massa ou transferidos à força para a Cisjordânia.
A ação se baseou em uma percepção generalizada entre os israelenses de que os palestinos estavam usando seus empregos em Israel para obter informações que culminaram no ataque do grupo Hamas, em 7 de outubro, resultando na morte de 1.400 pessoas, a maioria delas civis.
O processo de expulsão, no entanto, é marcado por falta de transparência e alegações de tortura e maus-tratos. Relatos dos trabalhadores destacam condições precárias nos abrigos em que foram colocados e denúncias de tortura com choques elétricos, além de ataques com cães. Muitos deles aparecem exaustos e desprovidos de seus pertences, com alguns apresentando sinais visíveis de ferimentos.
A incerteza sobre o que está acontecendo em Gaza também atormenta esses trabalhadores. Após mais de três semanas de detenção, eles foram transferidos de volta, mas sem informações sobre a situação atual em sua região de origem.
Além disso, o número exato de palestinos que atravessaram a fronteira na sexta-feira permanece desconhecido, já que as autoridades não fornecem dados sobre quantos estavam efetivamente em Israel no dia da expulsão. No entanto, estima-se que cerca de 7.000 palestinos tenham sido afetados por essa medida, sendo que, em 7 de outubro, 18.500 residentes de Gaza possuíam permissão para trabalhar em Israel.
O episódio de expulsão dos trabalhadores palestinos aprofunda ainda mais as tensões em uma região já marcada pela violência e pelo conflito de longa data, aumentando a necessidade de esforços de mediação e diálogo para alcançar uma solução pacífica.
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