Na madrugada de quinta-feira (3), Israel realizou novos ataques aéreos em Beirute, Líbano, resultando na morte de seis pessoas e ferimentos em outras sete, conforme relatado pelo Ministério da Saúde libanês.
As Forças de Defesa de Israel esclareceram que os alvos dos bombardeios não eram o Estado do Líbano, mas especificamente estruturas do Hezbollah no território. Explosões foram observadas tanto nos subúrbios ao sul de Beirute quanto na região central da capital.
O incidente é parte de uma série contínua de ataques aéreos por Israel contra o Hezbollah em Beirute nos últimos dias, com os militares israelenses mantendo também uma frente de batalha ativa no sul do Líbano, próximo à fronteira.
Ataque israelense atinge centro de Beirute
— Diário do Centro do Mundo (@dcmonline.bsky.social) October 3, 2024 at 7:07 AM
As autoridades libanesas relataram que somente na quarta-feira (2), 46 pessoas foram mortas e 85 ficaram feridas, elevando o total para mais de 1.000 mortos e 6.000 feridos em apenas duas semanas de conflito, com uma grande parte das vítimas sendo mulheres e crianças.
O conflito forçou cerca de 1,2 milhão de libaneses a deixarem suas casas, que agora se juntam aos 2 milhões de sírios deslocados e aos 500 mil palestinos refugiados já residentes no país. Com muitos agora vivendo nas ruas sem acesso a remédios, água ou comida, a situação humanitária do Líbano se agrava rapidamente.
Testemunhas no local informaram que Israel emitiu uma ordem de evacuação para os civis de Beirute pouco antes dos ataques da última madrugada. Devido ao horário avançado, teme-se que alguns moradores não tenham recebido a informação a tempo.
No cenário internacional, o Líbano apelou à ONU para que outros países exerçam pressão sobre Israel para um cessar-fogo. Uma proposta mediada pelos Estados Unidos e França sugerindo uma trégua de 21 dias foi colocada em discussão, porém, até o momento, não houve avanços.
O governo libanês tem denunciado uma grave crise humanitária resultante dos conflitos entre Israel e o Hezbollah, solicitando ajuda financeira internacional. Além disso, acusa Israel de desinformação ao afirmar que seus ataques são precisos e que não atingem civis.