O governo de Israel afirmou nesta sexta-feira (27) que não acatará a resolução aprovada pela Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em uma publicação no X (antigo Twitter), o ministro da Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, disse que o país não irá promover um cessar-fogo e classificou a resolução da ONU como “desprezível”.
“Rejeitamos abertamente o apelo desprezível da Assembleia Geral da ONU a um cessar-fogo. Israel pretende eliminar o Hamas tal como o mundo lidou com os nazistas e o Isis [Estado Islâmico]”, declarou.
Mais cedo, a Assembleia-Geral da ONU aprovou uma resolução pedindo um cessar-fogo no conflito entre Israel e o Hamas. O texto solicita uma “trégua humanitária imediata” nos bombardeios em curso na Faixa de Gaza.
O texto é de autoria da Jordânia e contou com o apoio de mais de 40 países. A medida é de caráter recomendatório, portanto, os envolvidos no conflito não são obrigados a acatá-la.
Além da trégua imediata, a resolução exige “o fornecimento imediato, contínuo, suficiente e sem entraves de bens e serviços essenciais aos civis em toda a Faixa de Gaza, incluindo, entre outros, água, alimentos, suprimentos médicos, combustível e eletricidade, sublinhando a necessidade imperativa, nos termos do direito humanitário internacional, de garantir que os civis não sejam privados de bens indispensáveis à sua sobrevivência”.
We reject outright the UN General Assembly despicable call for a ceasefire.
Israel intends to eliminate Hamas just as the world dealt with the Nazis and ISIS.— אלי כהן | Eli Cohen (@elicoh1) October 27, 2023