Na última segunda-feira (4), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, viu o reinício do julgamento que enfrenta por acusações de corrupção, em um cenário marcado pelos ataques ao Hamas na Faixa de Gaza enquanto sofre acusações internacionais de praticar genocídio.
O julgamento foi suspenso em 7 de outubro devido ao ataque do grupo palestino. Netanyahu, líder do partido israelense Likud, é acusado de suborno, fraude e quebra de confiança. Ele se declara inocente, argumentando que as acusações têm motivação política.
A retomada do processo durante o conflito gerou controvérsias. O ministro da Cooperação Regional, David Amsalem, do Likud, classificou a situação como “desgraça” e destacou no Twitter: “Guerra? Reféns? Não, não. A coisa mais importante agora é o julgamento de Netanyahu.”
O julgamento, que se espera que dure vários meses, aborda casos que incluem alegações de favorecimento à gigante de telecomunicações israelense Bezeq em troca de cobertura positiva em um site de notícias da empresa. Outro caso envolve presentes recebidos por Netanyahu de personalidades como o produtor de Hollywood Arnon Milchan.
Os promotores alegam que, entre 2007 e 2016, Netanyahu recebeu presentes no valor de US$ 195.000, incluindo caixas de charutos, garrafas de champanhe e joias, em troca de favores financeiros ou pessoais.
Apesar das complexidades legais, o desfecho do julgamento pode ter implicações significativas para o cenário político em Israel. Em caso de eventual apelação, o processo pode se estender por anos.
O xeique Tamim bin Hamad al-Thani, emir do Catar, acusou Israel de estar cometendo um genocídio em Gaza. A denúncia aconteceu nesta terça-feira (5) durante a abertura da cúpula do conselho de cooperação do Golfo em Doha.
Durante o conflito, Netanyahu, alegou que Israel tenta, mas não consegue diminuir as mortes de civis em sua incursão terrestre na Faixa de Gaza para neutralizar o grupo palestino Hamas.
“Qualquer morte de civis é uma tragédia. E não deveríamos ter nenhuma, porque estamos fazendo tudo o que podemos para tirá-los do perigo, enquanto o Hamas está fazendo tudo para mantê-los em perigo”, disse Netanyahu em entrevista à rede americana CBS.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 15,9 mil palestinos morreram nos últimos dois meses por causa dos ataques sionistas comandados por Netanyahu. É uma média uma morte a cada 10 minutos segundo a agência das Nações Unidas.
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