Nesta sexta-feira (27), mais oito caminhões carregados de suprimentos, como alimentos, remédios e água, estão programados para serem entregues na Faixa de Gaza. A informação foi divulgada por um funcionário das Nações Unidas em comunicado às agências de notícias internacionais. Vale ressaltar que o fornecimento de combustível ainda permanece proibido pelas autoridades israelenses na região.

Esse comboio humanitário se junta aos doze caminhões que já foram enviados à Gaza, também pela passagem de Rafah, no dia 26 de outubro. Esses veículos transportavam itens cruciais, como água, alimentos, medicamentos e insumos, conforme relatado pela Sociedade do Crescente Vermelho Palestino.

A ONU (Organização das Nações Unidas) informa que, desde o início do conflito entre Israel e o Hamas em 7 de outubro, aproximadamente 74 caminhões com ajuda humanitária receberam autorização para entrar na Faixa de Gaza.

No entanto, para atender às necessidades da população local, que conta com mais de dois milhões de habitantes, seria fundamental permitir diariamente a entrada de pelo menos 100 caminhões com alimentos, água e combustível.

Além disso, na mesma região onde essas operações de ajuda humanitária ocorrem, várias pessoas aguardam ansiosamente a abertura de um corredor humanitário. Entre elas, há cidadãos brasileiros que se encontram em cidades próximas a Rafah, no sul de Gaza.

Cabe destacar que a primeira entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza foi autorizada em 21 de outubro. Naquela ocasião, cerca de 100 caminhões carregados de suprimentos aguardavam na passagem de Rafah, situada na fronteira com o Egito. No entanto, somente 20 veículos conseguiram cruzar o corredor de ajuda e adentrar no território naquele momento.

A passagem de Rafah

A passagem de Rafah é o único ponto de conexão entre o Egito e a Faixa de Gaza, possibilitando o deslocamento entre essas regiões. Ela está localizada na cerca que se estende por quase 13 quilômetros, separando a Faixa de Gaza da península do Sinai.

É importante ressaltar que essa passagem não é controlada por Israel, embora tanto as autoridades israelenses quanto as egípcias tenham mantido um forte controle sobre o local antes do conflito. Essa situação de controle durou quase 17 anos, englobando controle aéreo, terrestre e marítimo, o que deixou Gaza praticamente isolada do restante do mundo.

O bloqueio total, como resposta ao ataque do Hamas, agravou ainda mais a situação. Isso resultou na evacuação de mais de um milhão de palestinos de suas residências no norte do território palestino.

A cidade de Rafah, localizada na fronteira ao sul, tornou-se a única esperança para aqueles que tentam sair de Gaza. Nesse local, encontram-se milhares de palestinos e centenas de estrangeiros, incluindo brasileiros, aguardando assistência humanitária e oportunidades de sair da região.