Após o presidente Lula fazer uma comparação entre as mortes de palestinos em Gaza ao Holocausto, o Itamaraty decidiu adotar o silêncio como estratégia para evitar a escalada da crise diplomática entre os países.
Fontes do ministério afirmaram que uma manifestação oficial só deve ocorrer após o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, se apresentar formalmente à chancelaria de Israel.
Ele foi convocado pelo governo israelense para prestar esclarecimentos sobre o episódio e deve comparecer nesta segunda (19) às autoridades israelenses.
Internamente, o Itamaraty espera que o governo de Israel não tome medidas adicionais além da convocação do embaixador brasileiro, e que a questão se acalme com o passar dos dias. Um membro da chancelaria fez um paralelo da situação deste domingo com a convocação, em pelo menos três ocasiões, do embaixador de Israel no Brasil para dar explicações.
Um exemplo mencionado foi a convocação do embaixador de Israel, Daniel Zonshine, em outubro do ano passado, para dar explicações sobre as críticas que fez à atuação do governo brasileiro em relação à guerra entre Israel e o Hamas.
O diplomata tinha se reunido na Câmara dos Deputados com parlamentares da oposição para pedir apoio para o que chamou de “brandas” manifestações de Lula sobre o conflito no Oriente Médio.
Na ocasião, o ex-presidente Jair Bolsonaro, adversário político do petista, participou do encontro, o que aumentou a irritação no Palácio do Planalto.
O membro do Itamaraty avalia que esse tipo de situação, de chamar o embaixador, ocorre quando um presidente ou primeiro-ministro deseja expressar sua insatisfação em relação a ações do outro governo. No entanto, isso geralmente não leva a outras medidas. Com informações da coluna de Bela Megale, no Globo.
Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link