Por Nathalí
Não é de hoje que a influenciadora Jade Picon vem sendo criticada por sua atuação amadora na novela global Travessia, de Glória Perez.
Outro dia, cometeu talvez a gafe mais clássica entre todas as gafes em um set de filmagem: olhou para a câmera.
Quebrou a quarta parede e f*da-se Stanislavski.
Com um sotaque carioca forçado, a mesma expressão para toda e qualquer emoção e a química de dois postes com Chay Sued, vem tornando a novela um verdadeiro fracasso (talvez a edição dê jeito diminuindo seu tempo de tela e fazendo-a compreender que pra ser atriz é preciso estudar, não apenas ser bonita e decorar textos).
No BBB, foi criticada pela arrogância e foi eliminada com considerável rejeição.
E quando você pensa que acabou, ela consegue ser ruim em mais uma coisa: desfilou no SPFW e recebeu uma enxurrada de críticas nas redes sociais.
Aliás, antes que alguém me venha com papo de sororidade, devo avisar que, de onde venho, a questão de classe vem em primeiro lugar, e eu não defendo herdeira metida a besta, mas também não falo só das mulheres.
Fiuk, outro ex-bbb, é também um exemplo claro de portador da síndrome do herdeiro. Péssimo cantor, péssimo ator, péssimo participante de reality.
Ambos apresentam sintomas bem parecidos: conseguem ser ruins em tudo o que fazem, continuam fazendo mesmo assim e se levando muito a sério, a espera dos aplausos.
No caso de Jade, o sintoma principal é a prepotência. Já no de Fiuk, uma certa covardia diante do mundo.
Essas pessoas, que já nascem com tudo à sua disposição, que nunca pegaram ônibus, nunca precisaram ser boas em nada pra conseguirem sobreviver, nunca precisaram estudar de verdade, pensam que essa é a vida: tudo vem até você.
Não sabem, ou fingem não saber, que as oportunidades “enviadas pelo universo” só chegam a elas porque são brancas, ricas, privilegiadas, enfim.
Há quem diga que isso é romantizar a pobreza, e talvez, em certo ponto, eu concorde, mas deus me livre de ser herdeira.
Herdeiros são atrofiados. Não andam com as próprias pernas. Não desenvolvem algum talento. Acabam ridicularizados em rede nacional enquanto definham de depressão no horário nobre, ou passando a vergonha no débito no SPFW.
Herdeiros perdem a noção. Desrespeitam de tal forma a profissão do outro que ousam se jogar numa novela das oito sem nunca terem feito teatro – imagina como se sente a atriz brasileira que rala há anos ensaiando e estudando e nunca teve essa oportunidade?
Essa gente pensa que a beleza e o status lhes darão tudo, e o pior: eles estão certos.
Mas há uma coisa que o dinheiro não compra: talento.
Azar de Fiuk e de Jade Picon.