Publicado originalmente no Facebook do autor
POR LUIS FELIPE MIGUEL, professor da UnB
Qualquer que seja o resultado, nossa resistência antifascista precisará prosseguir. E, nela, todas e todos são bem-vindos.
Mas, no fundo do meu coração, jamais perdoarei, não apenas aqueles que se omitiram, mas aqueles que vacilaram na hora de se posicionar. Entendo quem enfrenta constrangimentos específicos, por conta das posições que ocupa, ou sofre risco real de violência. Mas todos os outros? Aqueles que ainda acham que é necessário manter alguma fachada de “neutralidade”, que temem o ônus simbólico de tomar partido sem disfarce, que talvez queiram manter portas abertas com os futuros donos do poder, que hesitam jogar tudo o que têm de prestígio ou influência na luta que está sendo travada, que continuam se dizendo “pela democracia” porque não querem dar o passo seguinte, que é afirmar que no momento só há um jeito de ser pela democracia, que é votar em Haddad?