A primeira-dama, Janja Lula da Silva, entrou na Justiça com uma ação de reparação por danos morais contra o conselheiro do Corinthians, Manoel Ramos Evangelista. Conhecido como Mané da Carne, ele insultou a socióloga chamando-a de “putana” em publicação nas redes sociais.
“Vamos aguardar esses anos com o sapo barbudo e a putana da Janja e os quarenta ladrões”, escreveu Mané no Twitter em dezembro. Em seguida, o tuíte foi excluído.
As advogadas de Janja afirmaram que o conselheiro atacou a honra da socióloga ao propagar ofensas machistas e misóginas em páginas públicas que “ofenderam não apenas a autora do processo, mas também todas as mulheres”.
A ação também aponta outro comentário feito por Evangelista nas redes no qual ele volta a criticar Janja: “Por acaso eu menti” e “Futura primeira-dama só se for sua, seu esgoto, lixo. Laranja do sapo barbudo”.
A esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pede que ele seja condenado a pagar o valor de R$ 50 mil em danos morais, além de se retratar publicamente dos comentários e de publicar em suas redes sociais a íntegra da sentença. A ação foi protocolada na última terça-feira (17) no Tribunal de Justiça de São Paulo.
Na ação, Janja é representada por três mulheres: Valeska Zanin Martins, Maria de Lourdes Lopes e Júlia Marques.
Em nota, Valeska afirma que a socióloga foi vítima de um ataque machista e misógino. “Por isso esperamos que a Justiça condene o agressor a reparar os danos causados e a se retratar publicamente”, diz a advogada.
Nesta quinta-feira (19), Janja compartilhou a notícia sobre a ação nas redes sociais e escreveu que “não me calo diante da violência” e que “nenhuma tolerância com o machismo e a misoginia”.
Não me calo diante da violência! Nenhuma tolerância com o machismo e a misoginia.https://t.co/lFznmcHPuF
— Janja Lula Silva (@JanjaLula) January 19, 2023