POR LÉA PRADO
Rosângela Silva, socióloga, militante de carteirinha do PT desde 1983 e mulher de luta – como ela mesma se define – mostrou desde o início da campanha de Lula que não seria um talismã ou ornamento ao lado do marido candidato.
De certo modo, assim como Patrícia Galvão, de nome artístico Pagu, expoente na articulação do movimento Modernista de 22, Janja encantou, desconcertou e incomodou com sua força.
Janja engajou-se na luta pela liberdade de Lula.
Estava lá na vigília, todos os 580 dias, dando apoio por meio de cartas e marmitas que levava até a Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Em seu discurso de saída da prisão, Rosangela foi apresentada por ele como sua futura companheira.
A curiosidade do público foi instantânea – todos queriam saber sobre Janja. De lá para cá, conseguiu seu espaço cativo, não só no coração do marido – casaram-se em maio desse ano, 2022 – mas em todos os atos de campanha. Seu vestido de casamento causou acalorados debates em redes sociais.
A socióloga ganhou protagonismo e se mostrou atuante. Costurou apoio de artistas, foi presença em quase todas as reuniões e encontros com o candidato à presidência, participou ativamente dos eventos discursando em defesa das pautas que acredita e que compartilha com o marido.
Foi dela a iniciativa de uma regravação do jingle “Sem Medo de Ser Feliz” para a campanha de 2022, que ofereceu a Lula como presente de casamento no lançamento da pré-candidatura. Janja, que demonstrou não ter nenhuma inibição diante de um microfone diz: “Todo mundo já sabe que a gente vai casar né. Quero dividir o meu presente de casamento hoje aqui com vocês.”
Na edição de 2022 do Rock in Rio, com sua camiseta vermelha estampada com os dizeres “Lula Skywalker”, fez o L, dançou, tietou artistas e foi aclamada pela multidão eufórica aos gritos de “primeira-dama”.
Seu envolvimento foi tão intenso que chegou a incomodar uma ala da cúpula do Partido dos Trabalhadores. Temiam por sua exposição. Poderia ser alvo de ataques bolsonaristas. Ou também por ciúmes, quem sabe?
Mas Janja, determinada, não se intimidou. Seguiu ao lado do marido, como bem frisou para quem quisesse ouvir, “ … não vou ser ajudadora. Eu vou estar ao seu lado, junto”.
Em vídeo postado no Twitter, a socióloga chama a atenção sobre garantir a segurança alimentar e oportunidade para todas as mulheres, assuntos que são prioridade para ela.
De personalidade forte e desinibida – não demonstra problema algum em cantar ou discursar nos atos de campanha – já deixou claro, irá “ressignificar o papel da primeira-dama”.
Janja chegou com energia.
É de um espirito inquieto, do fazer e da alegria de viver com amor. De resto, além de uma trajetória parecida com a de Pagu, chegando como coadjuvante até de tornar uma de suas principais referências, tem 56 anos, cursou a Universidade Federal do Paraná e torce para o Flamengo.
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