O deputado e pré-candidato à Presidência André Janones (Avante) foi acusado de perseguir um homem com uma faca em 2017 em Ituiutaba (MG). O boletim de ocorrência policial foi registrado na Polícia Militar de Minas Gerais (PM-MG) por um casal que disse “ter fugido de Janones”. O deputado, por sua vez, negou que o caso tenha acontecido. A informação é do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles.
O boletim foi registrado na noite de 31 de agosto de 2017, pelo empresário Rodrigo Rezende, que alegou ser a vítima. Sua esposa, a advogada Pauliana Rezende, constou como testemunha. De acordo com o depoimento, Rodrigo estava em um bar em Ituiutaba quando Janones se aproximou com uma faca.
Segundo o depoimento, Janones teria apontado uma faca para Rodrigo Rezende e dito: “Vamos ver se você é homem agora”. Rodrigo afirmou à PM que nesse momento deixou o local de carro e, em seguida, foi perseguido por Janones por cerca de três quilômetros, no caminho para uma delegacia. Rodrigo inclusive mencionou à PM a placa, a cor e a marca do carro de Janones.
Ainda no boletim, o empresário cogitou que Janones havia agido daquele modo porque “fora desligado de uma associação de advogados em Belo Horizonte”. A polícia, por sua vez, registrou no documento que acionou uma viatura para tentar encontrar Janones, mas não conseguiu localizá-lo. Até então advogado, Janones se elegeria deputado federal no ano seguinte, em 2018.
O casal decidiu não fazer uma outra representação à Polícia Civil e a investigação foi arquivada, segundo uma fonte com acesso ao caso. Procurados, Rodrigo Rezende e Pauliana Rezende, não comentaram.
Já Janones, ao ser questionado sobre o caso, negou que o episódio tenha acontecido. O pré-candidato afirmou que “desconhece por completo o episódio, que nunca foi informado de qualquer boletim de ocorrência que tenha sido lavrado contra ele e que jamais respondeu a qualquer acusação pelo crime de ameaça”.