A Cuca, a bruxa do “Sítio do Picapau Amarelo” em sua versão da Globo, virou meme da internet num desses mistérios da fé e da falta do que fazer.
Até o blogueiro de fofocas americano Perez Hilton, um fenômeno de popularidade, lançou uma linha de roupas e acessórios com o personagem.
Daqui a pouco a mostrenga some, mas até lá vai divertir muito os desocupados.
Joaquim Barbosa é a Cuca da política brasileira.
Ele está vendo se engata uma candidatura para presidente em 2018.
Nesta semana, foi a estrela de um rapapé na casa de Paula Lavigne, empresária de Caetano Veloso.
Lá estavam, além de Caetano, Marisa Monte, Lázaro Ramos, Fernanda Torres, Fernanda Lima e Thiago Lacerda, além do senador Randolfe Rodrigues e do deputado Alessandro Molon. Para ficar mais óbvio, faltou o Wagner Moura.
Eles queriam convencer JB a tentar a presidência. Ele se queixou de que não tem ninguém com dinheiro atrás dele.
Paula acha que o Brasil precisa de “um modelo diferente de Trump e Doria”.
“O maior obstáculo à ideia sou eu mesmo”, falou Joaquim, que ainda sacou da cartola: “Será que o Brasil está preparado para ter um presidente negro?”
Blablablá.
É uma pantomima ridícula. Joaquim está vendo para onde o vento sopra. Vaidoso, adora ter o ego afagado, especialmente por famosos.
Se não quisesse nada, realmente, com a política, não se daria ao trabalho de participar de uma reunião desse tipo.
A questão sobre o “presidente negro” é falaciosa. São Paulo elegeu Celso Pitta. Joaquim jamais emprestou sua voz, enquanto era ouvida no mensalão, para combater o racismo.
Para a direita, ele é da casa. Branco como Pelé e Bolsonaro. A Veja, numa capa inesquecível pelos motivos errados, o chamou de “menino pobre que mudou o Brasil”.
O ministro do STF Luís Roberto Barroso foi mais acurado: Joaquim, segundo ele, é um “negro de primeira linha”. Joaquim nunca incomodou o status quo. É parte dele.
A única razão para Barbosa não admitir que é presidenciável é que ninguém faz questão, ao menos por enquanto. Basta ver as pesquisas. A não ser a galera no apê da Paula Lavigne.
Agora, numa chapa com a Cuca, quem sabe?