O jornalista, escritor e documentarista australiano John Pilger morreu neste sábado, 30, aos 84 anos.
O Wikileaks o definiu como um homem que buscava a “verdade no poder”, e que “nos últimos anos defendeu incansavelmente a libertação de Julian Assange. Nosso mundo está mais pobre com sua morte”.
Nascido em 9 de outubro de 1939 na cidade de Bondi, Austrália, Pilger construiu uma carreira distinta que o estabeleceu como uma das vozes mais influentes e respeitadas no jornalismo investigativo.
Iniciou sua carreira no início dos anos 60 em Sydney, mas ganhou notoriedade internacional após mudar-se para o Reino Unido. Trabalhando inicialmente para o Daily Mirror, ele se destacou abordando temas como conflitos globais, injustiças sociais e abusos dos direitos humanos.
Seus documentários, que abrangem uma ampla gama de questões políticas e sociais, ficaram famosos. Seus filmes, como “The War on Democracy” e “Cambodia: The Betrayal”, são notáveis por sua crítica incisiva às políticas externas dos Estados Unidos e outros países ocidentais.
Tinha uma habilidade particular para revelar histórias negligenciadas e dar voz aos marginalizados. Lançou vários livros. “Hidden Agendas”, “The New Rulers of the World” e “Palestine is still the Issue” são essenciais para quem busca uma análise crítica das dinâmicas globais.
Ao longo de sua carreira, Pilger recebeu inúmeros prêmios e reconhecimentos por sua contribuição ao jornalismo e ao cinema documental.
“Não basta que os jornalistas se vejam como meros mensageiros sem compreender as agendas ocultas da mensagem e os mitos que a rodeiam”, disse.