A investigação da Polícia Federal (PF) sobre as joias recebidas da ditadura da Arábia Saudita pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está fechando o cerco contra o ex-mandatário.
De acordo com informações da colunista Bela Megale, do jornal O Globo, investigadores que atuam no caso apontam que o ex-presidente deve ser indiciado por peculato. O ex-ministro Bento Albuquerque e o ex-ajudante de ordens do ex-capitão, o coronel Mauro Cid, também têm grandes chances de serem indiciados.
O crime de peculato acontece quando qualquer funcionário público, o que inclui o presidente da República, usa do cargo para ter a posse de um bem público, se apropriando ou desviando esse bem, para benefício próprio ou de um terceiro. Esse tipo de crime está descrito no artigo 312 do Código Penal e prevê pena de prisão de dois a 12 anos, além de multa.
O acesso aos documentos do caso chegou a ser negado à defesa do ex-presidente pela PF sob o argumento de que ele não era investigado, no entanto, voltou atrás e abriu os autos para seu advogado. Investigadores relataram que Bolsonaro será ouvido.
No caso da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, a tendência hoje é a de que ela não seja convocada para depor. A mulher do ex-chefe do Executivo tem afirmado que não sabia sobre o conjunto de joias avaliado em R$ 16,5 milhões até o caso ser revelado.