É um dos maiores escândalos na história da política brasileira. Mas para o Jornal Nacional não foi notícia. A edição do último dia 5, sábado, véspera da eleição na cidade mais importente do Brasil, ignorou o assunto completamente. Só pesquisa, pesquisa, pesquisa e uma matéria mandrake sobre um ataque de Israel a uma mesquita em Gaza.
Uma perícia técnica do Instituto de Criminalística de São Paulo concluiu que o laudo apresentado por Pablo Marçal (PRTB) contra Guilherme Boulos (PSOL) é fraudulento. “É falsa a imagem de assinatura em nome do médico ‘JOSÉ ROBERTO DE SOUZA’, lançada no receituário objeto de exame (…) posto que tal assinatura não apresenta as mesmas características gráficas dos exemplares observados (…)”, afirma o IC.
Um inquérito foi aberto pela Polícia Civil para investigar o crime de uso de documento falso e outras ilegalidades. A Polícia Federal também está investigando o caso. Os peritos já estão examinando o documento fake.
De acordo com a coluna de Míriam Leitão, uma espécie de bússola moral no grupo, “o crime de Marçal foi premeditado, a hora escolhida, o tiro disparado de dentro do escudo protetor da Justiça Eleitoral mas Marçal atinge é a democracia, se ele prevalecer”.
“O importante não é o que publico, mas o que não publico”, dizia Roberto Marinho. É uma frase pedestre, mas reveladora de onde reside o poder da Globo. Pablo Marçal é da casa.
Para o JN, o que importa mesmo é canonizar Cid Moreira, que morreu para reencarnar na dupla de panacas que continuam lendo teleprompter para enganar o que o próprio Bonner chamou de “Homer Simpson” que assiste o programa.