Jornalista admite não ter provas após denunciar “censura de Moraes” no X

Atualizado em 11 de abril de 2024 às 14:33
Michael Shellenberger, jornalista estadunidense que fez falsas denúncias contra Alexandre de Moraes. Foto: reprodução

O jornalista autor da denúncia sobre os “Twitter Files”, Michael Shellenberger, assumiu em sua conta no X que não tem provas de que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ameaçou o advogado do Twitter Brasil com processos criminais para que a rede social respeitasse os mandados de “censura”.

“Alexandre de Moraes e outros funcionários do governo ameaçaram processar criminalmente o advogado do Twitter no Brasil se ele não entregasse informações *privadas* e *pessoais*, incluindo números de telefone das pessoas e suas mensagens diretas pessoais”, escreveu o estadunidense na última terça-feira (9).

Já nesta quinta-feira (11), Shellenberger mudou o discurso e afirmou que não tem “provas de que Moraes tenha ameaçado processar criminalmente o advogado brasileiro do Twitter”.

O bolsonarista Marcel van Hattem (Novo-RS), e Michael Shellenberger. Foto: reprodução

A falsa denúncia do jornalista estadunidense foi o estopim para o dono do X, Elon Musk, iniciar uma série de ataques a Moraes, incitando os bolsonaristas a fazerem o mesmo sob uma suposta luta contra a censura e pela liberdade de expressão no Brasil.

“No texto acima eu inadvertidamente misturei a exigência de Moraes de desmascarar as identidades das pessoas que usaram essas hashtags com casos diferentes. Lamento o erro e peço desculpas pelo meu erro”, concluiu Shellenberger em seu novo pronunciamento.

Na segunda-feira (8), Shellenberger foi entrevistado pelo Poder 360°. Perguntado sobre as denúncias, apenas com achismos em suas falas, em nenhum momento ele conseguiu responder diretamente quais seriam as ameaças ou o teor dos e-mails que Moraes teria enviado aos funcionários do Twitter Brasil.

“Somente sei que Alexandre de Moraes está mencionado”, afirmou sem especificar que o magistrado foi ou não o responsável pelas mensagens. “É importante dizer que a gente só tinha acesso aos e-mail dentro do X, e a gente não tinha visto nenhum documento do governo. Nada foi mandado”.

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