A jornalista Lorena Alves expôs o empresário Carlos Augusto de Moraes Afonso, conhecido como “Luciano Ayan”, ligado ao MBL (Movimento Brasil Livre) e envolvido em armazenamento de pornografia infantil.
Ela lembra que foi encontrada uma “farta quantidade” de material criminoso com ele e que o grupo tenta se desvincular do suspeito.
Durante operação contra o empresário que encontrou o material, segundo a jornalista, a polícia também cumpriu mandado de busca e apreensão na sede do MBL, que agora tenta acusar o padre Júlio Lancellotti de abuso infantil.
Ayan ainda esteve envolvido na disseminação de fake news para o MBL e para o ex-presidente Jair Bolsonaro, segundo a jornalista.
Leia o texto de Lorena Alves na íntegra:
MBL e Pedofilia: Quem é Luciano Ayan, financiador e pedófilo do MBL?
O MBL é acostumado a imputar crime de pedofilia a seus adversários, como no caso que o MBL, Kim Kataguiri e outros foram condenados a indenizar Caetano Veloso por falsas noticias. Como no caso do Padre Júlio, e também no caso do Sleeping Giants, onde acusaram de sexualizar crianças.
Mas o que ninguém te conta é que um dos maiores financiadores que o MBL já teve, além de pedófilo, distribuiu imagem com conteúdo pornográfico de crianças
O MP-SP encontrou pornografia infantil em material ligado ao MBL.
Os investigadores suspeitam que as imagens e vídeos envolvem menores de idade e querem saber se o conteúdo foi veiculado ou comercializado por Luciano Ayan na internet.
Entenda quem é o empresário Carlos Augusto de Moraes Afonso, conhecido ‘Luciano Ayan’, que é ligado ao MBL tinha as imagens e vídeos envolvem menores de idade e querem saber se o conteúdo foi veiculado ou comercializado por ele na internet.
Ayan foi preso temporariamente na Operação Juno Moneta, que investigava suspeitas de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal de mais de R$ 400 milhões pelo MBL. Ele é apontado pela promotoria como integrante de um ‘núcleo de membros/doadores assíduos’ do suposto esquema e acusado de ameaçar pessoas que questionam as finanças do grupo, disseminar notícias falsas, criar ao menos quatro empresas de fachada e movimentar somas incompatíveis com seus rendimentos, segundo a investigação.
A Justiça autorizou busca e apreensão no endereço do empresário. No local, de acordo com o Ministério Público paulista, foram encontradas mídias de pornografia e cenas de sexo explícito ‘envolvendo, ao que parece, crianças e/ou adolescentes’.
“Foi coletada farta quantidade de material pornográfico em poder de Carlos Augusto de Moraes Afonso envolvendo adultos (conduta atípica), mas, como parte do material também contêm fotos/vídeos aparentemente de crianças e/ou adolescentes”.
O MBL nega que eles tenham ligação e tenta a todo custo descolar sua imagem dessa investigação. Mas o fato é que a polícia também cumpriu um mandado de busca na sede do movimento e investiga empresas ligadas a ele. Não é possível afirmar que a sede do MBL não é ligada ao MBL, não é mesmo?
Pra quem não sabe, Luciano Ayan comandava o extinto Ceticismo Político, um site reacionário que publicava fake news. O auge da fama foi atingido quando ele apareceu no Profissão Repórter para explicar uma reportagem mentirosa publicada sobre Marielle Franco.
A manchete insinuava que a vereadora assassinada mantinha relações com o tráfico. O que o MBL fez diante disso? Largou o parceiro na estrada e repudiou a disseminação da mentira? Claro que não! O grupelho saiu em defesa do pedófilo e passou a atacar os jornalistas da Globo em suas redes sociais. Produziram até um vídeo para defendê-lo.
Um ex-parceiro do MBL já havia denunciado o que está sendo investigado agora. Em carta enviada à CPMI das Fake News, Roger Scar contou que Luciano Ayan o procurou para assumir o Jornalivre, um site dedicado a produzir notícias com viés de direita para o MBL. Ayan não revelava de onde vinha a grana para manter o site, e o salário de R$ 2 mil de Roger. Dizia apenas que havia um doador anônimo por trás.
Segundo ele, o MBL encomendava conteúdos fakes e de apoio ao candidato Jair Bolsonaro. Foi aí que ele começou a desconfiar quem era a alma bondosa que mantinha financeiramente seu site: “(…) a ficha começou a cair. Na realidade, Luciano havia mentido desde o princípio sobre o suposto apoiador do site. Quem realmente financiou o Jornalivre foi o MBL, e Luciano não passava de um laranja, um intermediário que fazia a ponte entre eles e eu”.
O ex-editor do Jornalivre afirma que a ideia de Ayan era “fazer precisamente o que as milícias bolsonaristas fazem hoje, com assassinato de reputações”. Ou seja, conforme Scar, o grupo pagava para Luciano Ayan comandar uma espécie de Gabinete do Ódio do MBL. Roger não é o único a apontar essas relações. Há outros ex-integrantes que as confirmam.