Morreu nesta quinta-feira (3) o jornalista, locutor e apresentador Cid Moreira, um dos maiores ícones da televisão brasileira, aos 97 anos. Ele estava internado em um hospital em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, e nas últimas semanas tratava de uma pneumonia.
Dono de uma voz inconfundível, Cid Moreira marcou a história da televisão brasileira ao apresentar o “Jornal Nacional” por 27 anos, totalizando cerca de 8 mil aparições no noticiário, conforme dados do Memória Globo.
Nascido em 1927, em Taubaté, no Vale do Paraíba, Cid Moreira celebrou seus 97 anos na última sexta-feira (27). Sua trajetória profissional começou no rádio em 1944, impulsionado por um amigo que o incentivou a realizar um teste de locução na Rádio Difusora de Taubaté.
Entre 1944 e 1949, Moreira narrou comerciais, e depois mudou-se para São Paulo, onde trabalhou na Rádio Bandeirantes e na Propago Publicidade. Em 1951, sua carreira o levou ao Rio de Janeiro, onde foi contratado pela Rádio Mayrink Veiga.
Durante sua estadia na rádio, até 1956, Moreira teve suas primeiras experiências televisivas, apresentando comerciais ao vivo em programas como “Além da Imaginação” e “Noite de Gala” na TV Rio.
Em 1996, ocorreu uma reformulação no “Jornal Nacional”, e Cid Moreira foi substituído por William Bonner e Lilian Witte Fibe. Ele também fez parte da equipe do programa “Fantástico”, e um dos momentos mais memoráveis de sua carreira foi a narração dos truques do Mister M, o mago mascarado.
Conhecido carinhosamente como Cidão por amigos próximos e familiares, esse apelido também ganhou espaço em suas redes sociais. Desde meados da década de 1990, Moreira dedicou-se a uma missão que considerava a principal de sua vida: a locução de passagens bíblicas.
Ele levou esse trabalho para o YouTube e, em 2011, gravou a Bíblia na íntegra em áudio books. Seus CDs alcançaram a impressionante marca de mais de 60 milhões de exemplares vendidos